domingo, 3 de setembro de 2017

UM ANO DE AMOR - calendário


UM ANO DE AMOR

 

UM CALENDÁRIO ANUAL.

SÃO 366 TROVAS DE AMOR, PORTANTO UMA TROVA A MAIS PARA SER USADA NO CASO DE ANO BISSEXTO.

ESPERO QUE GOSTEM!

ESTUDO PROPOSTAS PARA COMERCIALIZAÇÃO.

CONTATO COM O AUTOR:


 

Gilson Faustino Maia

Um ano de amor - trovas de 01 a 31 de dezembro


01

 

O meu amor fez pirraça

Tentando me machucar;

Porém, num golpe de raça,

Eu consegui me livrar.

 

02/l98l

 

Dois de dezembro, quarenta.

A minha idade, o Senhor,

No livro da vida assenta,

Por seu infinito amor.

 

03

Começa a vida aos quarenta,

Portanto, tenho um só dia.

Mas o amor já se apresenta

Em forma de poesia.

 

04

 

Sou forte, sou invencível

No jogo duro do amor;

Mas esse gênio terrível

Perturba esse trovador.

 

05

 

Vou devagar nesta meta

De amor, nos versos, cantar.

Minha sina é ser poeta

Das letras do verbo amar.

 

06

 

O meu amor lá na praia,

Cantando me disse assim:

- Sou sereia de tocaia

Vou roubá-lo para mim.

 

07

 

No meu rosário de trovas

Já fiz a minha oração.

De um grande amor, já dei provas

De existir no coração.

 

08

 

Eu, que vivia esperando

Um grande amor encontrar,

Agora vivo abraçando

Quem tanto estive a esperar.

 

09

 

Lá vai um barco no mar

Meu grande amor transportando!

Fiquei triste a soluçar

Já por meu bem esperando.

 

10

 

Guardo na minha lembrança,

Dos teus olhos, o fulgor;

Mesmo não tendo esperança

De conseguir teu amor.

 

11

 

No peito de muita gente

Falta amor, falta alegria,

Quando falta, de repente,

A chama da poesia.

 

12

 

Me disse a musa: - Não basta

Ter alma de trovador.

É preciso n’alma a casta,

A singeleza do amor.

 

13

 

Chorou Sansão, foi vencido.

Seu braço forte, pendeu.

Na trama do amor, ferido,

Quanto tormento sofreu.

 

14

 

Saudade é coisa que mora

No meu peito sofredor.

Eu sei que minh’alma chora

A perda daquele amor.

 

15

 

Cigarra, Segue em teu canto!

Beija a rosa, ó beija-flor!

Vou derramando o meu pranto

Por causa daquele amor.

 

16

 

A musa disse sorrindo:

- Porque deste tanto amor,

Vou gravar um verso lindo

No teu peito sonhador.

 

17

 

O vento frio da serra

Esfria até a minh’alma.

Mas esse amor que se encerra

No meu peito, aquece e acalma.

 

18

Lá na folha da palmeira

Canta alegre o bem-te-vi,

Zombando, amor,da maneira

Que o teu beijo consegui.

 

19

 

Não faço versos por arte;

Transcrevo o meu pensamento

Quando o amor, modéstia a parte,

Toca forte em meu talento.

 

20

 

Nas quatro linhas da trova

De amor, santa inspiração,

A minh’alma se renova

E destrói a solidão.

 

21

 

Eu vi na terra um sinal

Quando eu era inda menino.

Mostrava o amor, sem igual,

Que seria um desatino.

 

22

 

Cantei meus versos na serra;

Cantei à beira do mar,

Pois o amor, do mundo, a guerra

Não consegue suportar.

 

23

 

Acaso será miragem,

Será mentira, será?

Do meu peito, aquela imagem,

Do amor, jamais sairá.

 

24

 

Voem meus versos pro Norte

Meus versos voem pro Sul.

Meu amor virá, por sorte,

Do infinito céu azul.

 

25

 

Eu canto à luz da alvorada;

Canto e, com muito calor,

No peito da minha amada,

Sepulto um grande amor.

 

26

 

Quando eu do mundo partir

(Ouça, amor, a profecia),

Irei pro céu a sorrir

Recitando poesia.

 

27

 

Um anjo disse sorrindo:

- Meu amigo trovador,

Tu, deste mundo partindo,

Terás, no céu, todo amor.

 

28

 

Na roleta desta vida,

No amor um verso apostei.

Por azar deu despedida,

Perdi tudo o que eu joguei.

 

29

 

Que fado o meu, fazer versos,

Usar minha inspiração.

Às vezes, mesmos aos perversos,

Falar de amor e paixão.

 

30

 

Fecho meu peito, afinal,

Pra que deixar ao relento

Esse amor universal,

Meu humano sentimento?

 

 

31

 

Este sublime rosário,

Um ano cheio de amor,

É o mais nobre relicário

Deste pobre trovador.

 

Gilson Faustino Maia

 

Um ano de amor - trovas de 01 a 31 de outubro


01

 

Eu vim nas asas do vento,

Qual tapete voador,

Trazendo em meu pensamento

A paz sublime do amor.

 

02

 

As curvas do teu corpinho

Me provocam tal calor

Que transpirando carinho

Vou derretendo em amor.

 

03

O mundo é sonho dourado,

Ó Casimiro de Abreu,

Concordo, mas meu passado,

Tanto amor não conheceu.

 

04

 

Pra que seja um sonho, o mundo,

Eu peço a Deus com fervor

Que traga a paz num segundo

Nas asas puras do amor.

 

05

 

Carrego a cruz dos meus anos

Neste mundo sem calor,

Sufocando os desenganos

No grande embalo do amor.

 

06

 

Amor, esteio da vida,

Luz que o meu ser ilumina,

Perdoa a raça fingida

Que te persegue e assassina.

 

07

 

Não há quem possa na terra

Discordar do trovador

Quando, ao som de um mundo em guerra,

Ele faz versos de amor.

 

08

 

Na cadência do meu verso

Mergulho meu pensamento

E todo o amor do Universo

Recolho num só momento.

 

09

 

Sofre quem sente saudade,

Chora quem sente tristeza.

Sem amor, felicidade,

Não há, podes ter certeza.

 

10

 

Um grande amor ao nascer

Traz entusiasmo e vida.

Porém, se um dia morrer,

É bem triste a despedida.

 

11

 

Um lenço branco, o navio

Já se afastando do cais...

Lá vai o amor, que arrepio

Dizer: -Adeus, nunca mais!

 

12

 

Parece coisa que a sorte

Persegue tanto quem ama

Que lhe traz, do amor, a morte,

Logo que o peito se inflama.

 

13

 

No livro de minha vida

Vi escrito em letra escura

As palavras: despedida,

Amor, pranto e sepultura.

 

14

 

Minha mãe, hoje é teu dia.

Com muito amor e emoção,

Te dedico a poesia

Que guardo no coração.

 

15

 

Quanta gente neste mundo

Carrega no peito a dor

Por não querer, num segundo,

Ser partidário do amor!

 

16

Vou caminhando ao relento,

Neste mundo de rancor,

Gravando em meu pensamento

As quatro letras do amor.

 

17

 

Corre, corre, cavalinho,

Pelas campinas em flor.

Vai depressa no caminho

Que me leva ao meu amor.

 

18

 

Felicidade parece

Coisa de pouco valor

Porque nem sempre acontece

Ser procurada no amor.

 

19

 

Trovas de amor, faço assim:

Papel e lápis na mão,

Pensando em quem pensa em mim

E ouvindo o meu coração.

 

20

 

Por que, fujona, voltaste?

Disseste adeus, e partiste!

Novo amor não encontraste

Ou porque eu fiquei triste?

 

21

 

Um dia eu serei caveira

E lama o meu coração.

Irá, minh’alma altaneira,

Levando amor à amplidão.

 

22

 

Nem sempre a gente consegue

Dominar o coração.

Quando um grande amor nos segue ,

Destrói, do peito, a razão.

 

23

 

Minha vida, tão vazia,

Sem sentido e sem calor,

Se cobre de poesia

Nos braços do meu amor.

 

24

 

Três coisas trago na mente

E que todos querem ter

Aqui na vida presente:

Amor, ventura e prazer.

 

25

 

Enquanto a vida balança,

Nessa aventura sem par

Guardo, na minha lembrança,

Aquele amor singular.

 

26

 

Rosa, rosa, o teu perfume

Embriaga o beija-flor;

Assim como, de ciúme,

Me embriaga o meu amor.

 

27

 

Meu irmão, um juramento

Faço ao mundo, sem rancor:

Vou vivendo e meu tormento

Vou transformando em amor.

 

28

 

Guardo no fundo do armário

Do coração sonhador,

Um sublime relicário

Com minhas trovas de amor.

 

29

Sonhei que estava m teus braços.

Foi sonho, quando acordei

Vi, do amor, os meus fracassos

O pranto, então, derramei.

 

30

 

Eu vim do espaço sem fim,

Com gênio de trovador,

Nas asas de um querubim

Para te dar meu amor.

 

31

 

Somente para dar provas

De ter nobre coração,

No seio de minhas trovas,

Falo de amor e paixão.

 

 

Gilson Faustino Maia